sábado, 21 de julho de 2007

O grande dia para os fanáticos por Harry Potter

"Harry Potter and the Deathly Hallows" (em português, "Harry Potter e as Relíquias da Morte"), da editora inglesa Bloomsbury, já chegou ao país. A Scholastic, que detém o direito autoral americano, enviou sua remessa ao Brasil um pouco antes, no dia 1º de julho. No início desta semana, começaram a circular na internet fotos das supostas 784 páginas da nova obra. A crítica do "The New York Times", Michiko Kakutani, chegou até a publicar hoje uma análise sobre o ‘grand finale’ de Harry Potter, surpreendendo a autora J.K. Rowling. "Estou abalada com o fato de alguns jornais americanos terem decidido publicar ‘spoilers’ (do inglês spoil, estragar, no sentido de revelar fatos importantes de uma trama) em forma de críticas numa completa indiferença e desrespeito com milhões de leitores, especialmente as crianças", rebateu a criadora da série que lhe rendeu uma fortuna estimada em US$ 1 bilhão com a venda de aproximadamente 325 milhões de cópias dos seis volumes já lançados. A americana Scholastic informou que tomará medidas legais cabíveis contra as empresas que "vazaram" cópias de uma das obras mais aguardadas de todos os tempos da literatura infanto-juvenil. Ela acusa a distribuidora Levy Home Entertainment e a loja virtual DeepDiscount.com de divulgar "Harry Potter and the Deathly Hallows" bem antes do dia 21, data que deveria ser oficial para o lançamento mundial. Verdadeiros, ou não, os fãs preferem ignorar tais ‘spoilers’. Quer dizer, pelo menos por enquanto, porque quando a obra for lançada oficialmente... "Daqui a uma semana você já consegue encontrar, na íntegra, todo o texto traduzido na internet. E todos concordamos que as traduções da internet são mais fiéis que a da Léia (apelido carinhoso dado à tradutora brasileira Lia Wyler)", desabafa Esther. "A Rowling criou palavras, termos próprios, diferentes sotaques para os personagens. A Lia Wyler não respeita isso ou quando traduz fica tosco. E chega até a trocar a palavra que ela mesma tinha inventado/traduzido em outros volumes da série", reclamam, em coro. O inglês dessa turma parece estar afiado: prometem não se separar do livro até ler a última linha. "Acho que vamos demorar umas 12 horas para conseguir ler tudo", contabiliza Wendy Hamilton, de 17 anos. A curitibana fez um pacote "dois-em-um": veio para a pré-estréia do quinto filme, "Harry Potter e a Ordem da Fênix", há uma semana, e ficará em São Paulo até terminar de ler seu livro. Wendy está hospedada na casa de Isabela Moschkovich, também de 17 anos, amiga que conheceu em fóruns virtuais potterianos. Além das duas, Esther Castellano, de 17 anos, Luana Rezende de Mello, de 22, Laura Ricci, de 21, Ricardo Iannuzzi, de 16, Bárbara Martos, de 17, Vinícius Magnun, de 19, e Pedro Henrique Moreira, de 17, vêm se reunindo nos últimos meses para discutir prováveis finais para a história que encantou os quatro cantos do mundo. E quem disse que a paixão por Harry Potter não pode render frutos? Luana que o diga. "Ganhei R$ 140 mil no novo programa do Silvio Santos, chamado '21'." Foi a vizinha de Luana quem deu a dica à garota. "Daí eu me inscrevi, fiz duas entrevistas, me chamaram para participar do programa e ganhei", diz, com a simplicidade de uma garota de 20 e poucos anos. "Em dezembro, vou para os Estados Unidos trabalhar e estudar. Depois quero passear pela Europa e financiar um apartamento." Quanto ao fim da série, todos apostam - e querem! - que Harry Potter morra. "Acho que seria clichê se ele vivesse", opina Vinícius. Só não prometem conter as lágrimas quando fecharem a contracapa do livro.

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