segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Hilary Swank vira 'menina' em 'P.S. Eu te amo'


Atriz vencedora do Oscar aposta em comédia romântica para ganhar imagem comercial.Pela reação das mulheres ao filme, a estratégia deu certo.


Reconhecidamente boa atriz - vencedora de dois Oscars, por "Meninos não choram" e "Menina de ouro" -, Hilary Swank não é, apesar disso, um nome comercial no cinemão americano. Mas isso deve mudar com a nova aposta da atriz: virar "mulherzinha" no filme de menina temperado com muito açúcar "P.S. Eu te amo", que chega nesta sexta-feira (4) aos cinemas brasileiros. Baseado no romance homônimo de Cecelia Ahern, o filme ao menos ousa em um aspecto. Afinal, não existem muitas comédias românticas em que o mocinho - no caso, o irlandês "boa vida" Gerry, vivido por Gerard Butler, de "300" - morre nos primeiros dez minutos. É a partir daí que se desenrola a trama: para ajudar sua amada Holly (Hilary) a superar a dor da perda, ele deixa uma série de cartas de amor para ajudá-la em sua ausência. Todas, naturalmente, são encerradas com a frase que dá título ao filme. O diretor Richard LaGravanese, conhecido como roteirista de filmes românticos como "As pontes de Madison" e "O espelho tem duas faces", cobre todos os quesitos necessários do gênero: uma protagonista que sofre vestida em roupas de designers, amigas sempre prontas a ajudar (uma delas vivida por Lisa Kudrow, de "Friends"), uma relação complicada com a mãe (Kathy Bates, também vencedora do Oscar), dois pretendentes interessantes (Harry Connick, Jr. e Jeffrey Dean Morgan, este último vindo da série "Grey's anatomy") e locações de tirar o fôlego na Irlanda. Tanta manipulação, embora deixe metade da platéia - a masculina - um pouco incomodada, parece funcionar perfeitamente para as mulheres, apesar de o filme ter quase 130 minutos. Elas acham graça nos momentos cômicos e se emocionam quando Holly tem de enfrentar o fato que Gerry, não importa quantas cartas tenha deixado, foi embora para sempre. Comercial em todos os sentidos, "P.S. Eu te amo" deve dar uma nova direção à carreira de Hilary Swank. Conhecida pelo estilo machona - uma boxeadora em "Menina de ouro" e uma transexual em "Meninos não choram" -, ela aumenta seu portfólio de papéis ao intrepretar Holly como um típica mulher do novo milênio - às vezes, até exagera na dose de "meninice". O filme, que estreou discretamente nos Estados Unidos pouco antes do Natal, ganhou fôlego à medida em que o boca-a-boca o transformou em assunto obrigatório nas rodas de mulheres americanas. Em duas semanas de exibição, já fez US$ 30 milhões e, fato raro, sua bilheteria aumentou 40% na segunda semana de exibição. Prova de que, como produto, "P.S. Eu te amo" funciona para o público ao qual é direcionado. Entretanto, para ver um bom filme com Hilary Swank, vale a pena recorrer à locadora e conferir suas interepretações premiadas, pois "P.S. Eu te amo" é o típico filme "inho": bonitinho, engraçadinho, bem-feitinho. Mas, para quem gosta deste estilo de trama, oferece uma boa chance de sair da realidade por duas horas.
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