terça-feira, 11 de dezembro de 2007

CPM 22 deixa o romantismo de lado e assume o peso em ‘Cidade cinza’


Quinteto lança sexto álbum de composições inéditas. Sonoridade aponta para bandas como NOFX e Bad Religion.


Em seu sexto álbum de inéditas, “Cidade cinza”, a banda paulista CPM 22 deixa o romantismo de lado – mas nem tanto. No novo trabalho, a metrópole vira cenário para os relacionamentos sempre presentes nas letras do grupo, mas ao mesmo tempo revela a faceta inspirada no hardcore sem frescuras. A sonoridade, por sua vez, ganhou o peso e a rapidez de bandas da seara de NOFX, Rancid, Bad Religion.

São doze músicas em pouco mais de 30 minutos. A parte instrumental foi toda gravada ao vivo, o que transmite ainda mais a sensação de urgência da cidade grande – tema presente não apenas no nome do álbum, mas também na última faixa do disco. Essa foi a primeira a ficar pronta e que acabou norteando as composições seguintes. “Maldita herança”, a faixa mais nervosa do disco, não lembra em nada o CPM 22 de alguns anos atrás. Ao contrário: remete aos primórdios da banda, quando o grupo ainda era independente. “Quem são os ratos que estão ditando a ordem em terra de ninguém?”, pergunta um irado vocalista Badauí. Na mesma toada vem “1000 motivos”, outro bom momento do álbum, composta por Badauí em parceria com Rodrigo Koala, do Hateen. “Depois de horas”, de Luciano e Badauí, fala de “lugares cheios e pensamentos vazios”. Atento aos fãs que se apegam ao lado melódico, porém, o grupo mantém a veia romântica em canções mais pop, caso de “Nossa música” e “Ano que vem talvez” – essa última escrita em parceria com Carlos Dias, conhecido no cenário alternativo como integrante das bandas Againe e Polara, que também assina “Tempo” e “Reais amigos”.

Nenhum comentário:

 
Copyright 2009 Club Mania